Ementas -
Mulheres na literatura - Priorizando o
debate sobre autoras africanas e afrobrasileiras, como Conceição
Evaristo, Carolina Maria de Jesus, Miriam Alves, Cristiane Sobral, Isabel
Ferreira, Lília Momplé etc. o GT pretende visibilizar o espaço das mulheres
dentro do campo literário a partir de um território em que se faz presente
narrativas diversas de representação da ancestralidade.
Coordenador/a: Neila Roberta (UNEB)
Arte e cultura do corpo negro em dança e performance - O GT tem como
proposta pensar as especificidades e os atravessamentos dos corpos negros
instalados entre a dança e a performance. Ao mesmo tempo que ressalta a
pluralidade e a singularidade do corpo negro. Temos como foco pensar o que vem
ser a arte afro-brasileira? Quais especificidades ela carrega? E quais relações
essa arte tem com a dança, a performance e o lugar do corpo negro em movimento
na sociedade brasileira? Esse GT intenta discutir o debate das práticas
artísticas negras em conjunto com as teorias negras, por muito tempo
marginalizadas: seja através do seu silenciamento, seja pelas definições
racistas de estetização a partir de critérios violentamente impostos pelos
sujeitos brancos e europeus sobre os corpos negros.
Coordenador/a: Samuel Lopes (UFRB)/ Maria Andreia (UNILAB)
Música afrobrasileira e o recôncavo - Partindo
da sensibilidade de se pensar o território do recôncavo como espaço de
insurgências negras, em que a música e suas mediações culturais tornam-se uma
das principais armas do negro contra o epistemicídio, silenciamento e o racismo
desses corpos, esse GT se abre como espaço de discussão e multiplicador, na
medida em que reconhece as diversas linguagens artístico-musicais encontradas
no recôncavo baiano. Sendo assim, esse é um potencial espaço de discussão de
diversas temáticas relacionadas aos fenômenos acústicos ligados a diáspora
africana no Brasil e no Recôncavo da Bahia. Espera-se que as discussões
abarquem questões ligadas as epistemologias, aos valores, as relações sociais,
as racionalidades, as dimensões estruturais do fenômeno acústico, a
performance, as manifestações culturais, aos processos de ensino/transmissão,
as políticas culturais, bem como as diversas outras possibilidades relacionadas
a música afrobrasileira e ao recôncavo da Bahia.
Coordenador/a: Luan Sodré (UEFS)/ Francisca Marques (UFRB)
Grafite do marginal ao cultural artístico - O
graffiti é um fenômeno urbano transnacional, que chega aos principais centros
urbanos brasileiros a partir dos anos 1980. Após alguns anos o graffiti é
incorporado ao mercado da arte. De arte marginal passa a ocupar os espaços das
galerias, porém permanece nas ruas, mas agora também de forma autorizada. Com a
popularização do graffiti entre a população jovem das grandes metrópoles
brasileiras, também passou a ser usado pelo Estado em projetos sociais que
visavam coibir as pichações nas cidades. Este tipo de intervenção do estado
produziu uma mentalidade, até mesmo entre seus praticantes, que opunha o
graffiti ao pixo, valorando-os um como arte e o outro como vandalismo. O
propósito deste GT é discutir o graffiti como uma linguagem ampla e iluminar a
discussão sobre o processo de negociação com o sistema artístico nacional, que
o legitima com arte. Interessa-nos pensar o fenômeno do graffiti a partir
multifacetada perpassa pelos campos da estética, arte, cultura e política.
Coordenador/a: Roca Alencar (UFBA)/ Sista Kátia (grafiteira)